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"A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável pela água da terra."
Segundo a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), menos da metade da população mundial tem acesso à água potável.
• A irrigação corresponde a 73% do consumo de água, 21% vai para a indústria e apenas 6% destina-se ao consumo doméstico.
• Um bilhão e 200 milhões de pessoas não têm acesso a água tratada.
• Um bilhão e 800 milhões de pessoas não contam com serviços adequados de saneamento básico.
Diante desses dados, temos a triste constatação de que dez milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência de doenças intestinais transmitidas pela água. Além disso, este milênio apresenta o grande desafio de evitar a falta de água.
Um estudo da revista Science (julho de 2000) mostrou que aproximadamente 2 bilhões de habitantes enfrentam a falta de água no mundo.
Em breve poderá faltar água para irrigação em diversos países, principalmente nos mais pobres.
Os continentes mais atingidos pela falta de água são: África, Ásia Central e o Oriente Médio.
Entre os anos de 1990 e 1995, a necessidade por água doce aumentou cerca de duas vezes mais que a população mundial. Isso ocorreu provocado pelo alto consumo de água em atividades industriais e zonas agrícolas.
Infelizmente, apenas 2,5% da água do planeta Terra são de água doce, sendo que apenas 0,08% está em regiões acessíveis ao ser humano.
As principais causas de deteriorização dos rios, lagos e dos oceanos são: poluição e contaminação por poluentes e esgotos. O ser humano tem causado todo este prejuízo à natureza, através dos lixos, esgotos, dejetos químicos industriais e mineração sem controle.
Em função destes problemas, os governos preocupados, tem incentivado a exploração de aqüíferos (grandes reservas de água doce subterrâneas).
Na América do Sul, temos o Aqüífero Guarani, um dos maiores do mundo e ainda pouco utilizado.
Grande parte das águas deste aqüífero situa-se em subsolo brasileiro.
ja foi dito que, possuir água é possuir o ouro do futuro, pois se continuarmos neste desenfreado consumo um barril de água poderá valer muito mais que o próprio petróleo.
Na europa, quando da estadia de brasileiros em hoteis, é cobrado uma taxa extra, pois sabe-se que o brasileiro tem o costume de tomar banho todos os dias, o que não é mais um costume nestes países devido a escassez da água, pois alguns precisam importar água potável.
Alguns dizem que, se houver uma terceira guerra mundial, provavelmente será pela posse de água potável, tamanha a sua importância.
E o que você pode fazer, por você mesmo, seus filhos, seus netos e as gerações que virão?
Alguns cuidados básicos que parecem tão simples mas podem fazer toda a diferença:
• Se for lavar o carro deixe a mangueira de lado. Com ela você vai gastar 560 litros em 30 minutos. Ao contrário se usar dois baldes de água economizará pelo menos 500 litros de água;
• Não deixe a torneira aberta quando for lavar louça. Pois você estará desperdiçando mais de 100 litros de água. Encha a pia até a metade, ensaboe todos os utensílios, depois escoe a água suja, substituindo por limpa e enxágüe tudo de uma só vez;
• Escovar os dentes com a torneira aberta significa um gasto de aproximadamente 100 litros de água potável. Escove-os e depois, encha um copo para o enxágüe;
• Se consumir água mineral em sua casa opte pelos garrafões. As garrafas plásticas pequenas e descartáveis acabam poluindo o ambiente nos lixões.
Tome uma atitude, faça a sua parte, o planeta e a vida agradecem!
ÁGUA BOA DISTRIBUIDORA, CONSCIENTIZANDO PARA UM MUNDO MELHOR


Apenas 0,4% da água do mundo está disponível
A água é tão importante, que o ser humano conseguiu, inclusive, calcular de quanto dispomos: 1.386 bilhão de km3, que resulta num número impressionante, 1.386 sextilhão de litros (ou 1.386 seguido de 15 zeros).
No entanto, 97,5% são águas salgadas e apenas 2,5% (35 milhões de km3) são águas doces. Do total de água doce:
- 69,5% estão atualmente indisponíveis nas calotas polares, em neves eternas nas montanhas mais altas e em solos congelados;
- 30,1% estão debaixo da terra, em lençóis freáticos;
- 0,4% está na superfície da terra, considerados não apenas rios e lagos, mas também a neblina, a umidade da superfície do solo.
Essa quantidade é fixa para abastecer todo o planeta!
Existem diferentes cálculos sobre a quantidade diária de água que um ser humano necessita para viver adequadamente. Alguns levam em consideração apenas o imprescindível para matar a sede, cozinhar e tomar banho; outros incluem o necessário para a limpeza de roupas e espaços.
Esses cálculos variam de 25 litros a 50 litros diários, o que indicam volumes de 9.125 litros a 18.250 litros por pessoa ao ano.
Ocorre que o volume de reserva de água doce por pessoa vem diminuindo com o passar do tempo, conforme podemos observar na tabela abaixo:
SITUAÇÃO DA RESERVA DE ÁGUA DOCE POR PESSOA NO MUNDO
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Ano
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Quantidade
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1950
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16,8 mil m3
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1998
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7,3mil m3
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2018 (projeção)
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4,8mil m3
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Fonte: UNESCO (1999).
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A realidade, entretanto, exige mais água: para cultivar uma horta, para o trato de animais domésticos, para o cuidado especial de doentes, para a limpeza pública e de locais de trabalho... E o desenvolvimento tecnológico cria novas necessidades, como as máquinas de lavar roupas e louças ou os automóveis. Veja, abaixo, a média do consumo em litros de água para algumas atividades do cotidiano:
CONSUMO DOMÉSTICO DE ÁGUA POR ATIVIDADE
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Atividade
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Quantidade (em litros)
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Descarga no vaso sanitário tradicional
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10 a 16
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Minto no chuveiro
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15
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Lavar roupa no tanque
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150
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Lavar as mãos
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3 a 5
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Lavar roupa com máquina de lavar
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150
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Lavar louça em lava-louça
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20 a 25
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Escovar os dentes com água escorrendo
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11
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Lavagem do automóvel com mangueira
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100
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Fonte: Consumo Sustentável - manual de educação (MMA/IDEC).
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A Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Organização para Alimentação e Agricultura(FAO) classificou os países em cinco categorias. Para isso levou em consideração o volume de água renovável dividido pelo tamanho da população, começando por um mínimo de 1 milhão de litros para cada uma.
Na categoria escassez, estão os países nos quais há menos de 1 milhão de litros por pessoa anualmente — são os que se encontram em pior situação. Na categoria “água no limite” estão os países que possuem entre 1 milhão e 1,7 milhão de litros por pessoa ao ano.
O Brasil está no melhor grupo, com mais de 10 milhões de litros de água doce disponível por habitante anualmente, mas as maiores reservas estão no norte, longe das grandes cidades.
Atualmente, entre os 6 bilhões de habitantes do mundo, 500 milhões já vivem no pior grupo, em países do norte da África (como o Egito, a Líbia e a Argélia) e na Península Arábica (como a Arábia Saudita, a Síria e a Jordânia).
A Índia, com cerca de 1 bilhão de habitantes, está no grupo de “água no limite”, e a China, com mais de 1 bilhão, no grupo de “água insuficiente”.
A ONU calcula que, no ano 2050, o mundo terá uma população de 8,9 bilhões de pessoas, das quais 4 bilhões viverão em países com escassez crônica de água, o pior grupo. Nesses países, a escassez de água poderá provocar problemas graves na saúde pública e inviabilizar o crescimento da economia e a geração de empregos.
Para conseguir abastecer-se de água, os países que sofrem com a escassez utilizam diferentes métodos: o transporte por caminhões, por navios tanques e também em gigantescos sacos plásticos arrastados por navios.
A tecnologia mais promissora é a dessalinização da água dos mares e lagos salgados, que pode ser feita por meio da filtragem ou da destilação da água em usinas. De 1980 ao ano 2000, o preço do metro cúbico de água do mar dessalinizada diminuiu de 5,50 dólares para 55 centavos de dólar, e este parece ser o método que será o mais adotado.
Outras soluções são a cobertura de encostas e áreas com plásticos para a captação de orvalho e chuva e seu armazenamento em cisternas, além do tratamento da água usada para ser reutilizada, a chamada água de reúso.
Bibliografia
Atualidades do Vestibular do Almanaque Abril 2004. São Paulo: Editora Abril, 2004. 242 p.
CLARKE, Robin e KING, Jannet. O Atlas da Água. São Paulo: Publifolha, 2005. 128 p.